A matemática estava presente desde o tempo dos homens
primitivos, quando a demonstravam, associando a noção de quantidade, por meio
de símbolos representados em paredes de cavernas, riscos em ossos de animais,
madeiras, entre outros. Os símbolos representavam à contagem e a
conferência de animais.
Essas representações ao longo dos tempos foram se
modificando até chegarem ao sistema de numeração conhecido como Hindu Arábico
que foi divulgado pelos árabes e desenvolvido pelos hindus.
A história da evolução do homem enfatiza que já existia
uma familiarização com conhecimento matemático, pois o homem já tinha a
precisão de representar, simbolizar e quantificar.
Desde os primeiros tempos da raça humana, os conceitos de
número, grandeza e forma ocupam a mente e formam a base do raciocínio
matemático. Originalmente, a matemática preocupava-se com o mundo que nos é
perceptível aos olhos, como parte da vida cotidiana do homem.
No princípio, as relações de grandeza estavam relacionadas
mais com contrastes do que com semelhanças - a diferença entre um animal e
outro, os diferentes tamanhos de um peixe, a forma redonda da lua. Acredita-se
que o conjunto dessas informações imprecisas deve ter dado origem a pensamentos
de analogias, e aí começa a nascer a matemática.
A percepção das duas mãos, das duas orelhas, narinas,
propriedade abstrata que chamamos número, foi um grande passo no caminho da
matemática moderna. A probabilidade de que isso tenha surgido de um só
indivíduo é pouca. É mais provável que tenha surgido de um processo gradual e
que pode datar de 300.000 anos, tanto quanto o descobrimento do fogo.
O desenvolvimento gradual do conceito de número pode ser
rastreado em algumas línguas, o grego inclusive, que conservaram na sua
gramática uma distinção entre um e dois e mais de dois. Os antepassados só
contavam até dois. Qualquer quantidade maior que isso era dito como muitos.
Resquícios desse comportamento é visível em alguns povos primitivos que ainda
contam de dois em dois.
Finalmente surgiu a necessidade de expressar os números
através de sinais. Os dedos das mãos e dos pés forneciam uma alternativa para
indicar um número até 20. Como complemento podia-se usar pedras. Começando a
noção de relação de conjuntos: aquilo que se deseja contar, com aquilo que
serve de unidade.
O sistema decimal que hoje utilizamos é, segundo
Arquimedes (matemático, físico e inventor grego - 287 a.C. – 212 a.C), apenas
um incidente anatômico, pois baseia-se no número de dedos das mãos e pés. Como
pedras são efêmeras para se registrar números, o homem pré-histórico utilizava,
às vezes, marcas ou riscos num bastão ou pedaço de osso.
Mais tarde, gradativamente, foram surgindo palavras que
exprimiam ideias numéricas. Sinais para números provavelmente precederam as
palavras para números (é mais fácil fazer incisões num bastão do que
estabelecer uma frase para identificar um número).
A tendência da linguagem de se desenvolver do concreto
para o abstrato pode ser percebida em muitas das medidas de comprimento em uso
atualmente: a altura de um cavalo é medida em palmos e as palavras pé e ell
(cotovelo) também derivaram de partes do corpo.
De fato o que parece evidente é que a matemática tenha
surgido muito antes das primeiras civilizações e é desnecessário e sujeito a
erros grotescos, tentarmos datar ou dar um motivo específico para o surgimento
de cada fase.
As crianças mesmo antes de entrar na escola apresentam
noções de conhecimento matemático, e esses conhecimentos surgem da interação do
meio onde vivem, trabalhados em um contexto com varias situações, não sendo
visto como algo separado sem ligação.
O caminho percorrido para a alfabetização apresenta
contextos onde são desenvolvidas relações entre varias ciências, e isso faz com
que a criança cresça seu aprendizado de forma mais compreensível, pois o conhecimento
adquirido tem relação com situações do seu cotidiano.